quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Despedida

Já perdi as contas à tempos das inúmeras cartas de despedida, que escrevi pra mim mesma, de dor por me ver só e sem sentido e esperança, ou apenas aquelas "fúteis"marcando o fim de mais um grande amor não concretizado; Parece hoje bobagem, mas ao escreve las, muitas vezes com a voz embargada e aquele aperto, a dor física que só a tristeza e desilusão sabe provocar, me parecia o fim pra mim, fim de algo que em algum momento acreditei, que seria até o fim.
Hoje apenas escrevo, pois assim compreendo, que com o tempo o frio na barriga o ciume e a dor de não ser, se vão e fica apenas o esquecimento, por vezes uma leve lembrança daquela história, mais uma que não foi ao fim, caminho e a busca por algo incompreensível ao meu pensamento prático, mas tão próximo de minha vontade continua, intacta.
Desistir de mim é apenas da boca pra fora, então a busca de reconhecer em um outro, em seus olhos o que vejo tão facilmente no espelho, mesmo com os olhos fechados é essencial sobre quem sou, portanto não é possível a desistência, mesmo diante do abismo e da desesperança do por vir, amar é  parte primordial da minha existência.