terça-feira, 30 de março de 2021

Duas

 Sim somos duas

Indenpendentes
Donas de si
Desejando ser uma
Sem poder mais ser duas
Mergulhando no desconhecido
Que parece ser cotiano
Sensações inéditas
E uma sensação de reencontro
Amor sem fronteiras
Sem barreiras de espaço
Sem medidas de tempo
Furacão entre as pernas, entre os dedos
Água na boca, fogo ardente no olhar
Tempo que só existe quando juntas viram uma
O amor não tem modelo, nem regras ou medida de tempo
É força da natureza
Ou nos leva ou nos leva
E vamos em festa, na sua brisa, tempestade,
Sem empunhar espadas, e com o cheiro das rosas, duas que amando são uma, são muitas
Tamanho o amor 

Dia

 O dia sorriso

O sol espírito
O amor cura
O gozo enxurrada
Vida pulsa mais, alegria enche o mundo, amor estaçao de chegada 

segunda-feira, 29 de março de 2021

Ju

 Meu corpo busca o teu, no meio da noite, do dia, da tarde em todo tempo


Parece que fui feita para ser amada por ti, que nada mais importa ou tem sentido, sem teu abraço teu sorriso, teu afago
Sinto a alma te chamando de volta, em um espaço de tempo curto, como se sem a sua presença, a vida andasse sem rumo
Tu é meu aconchego, a luz que faz a vida ter mais graça, mais cor, mais brilho, mais gosto
Tudo em mim vibra por ti
Sei que não somos uma
Mas queria morar aí, no teu peito
Pra que quando precisasse sair, não sentisse tanto a falta de ser só sua
Queria que o mundo parasse, pra que o momento do nosso abraço fosse eterno, que o meu gozo se misturasse ao teu em infinitas vezes, por que todo a tristeza do mundo some um pouco quando estou sob o teu olhar, e amor que me toma quando está longe, se torna palpável e possível de tocar 

Não sou poeta 22/03/21

 Diz que hoje é dia de poesia, eu que não sou poeta comecei o dia com palavras duras

Uma pequena frase simples dita de forma rápida pode desfazer tanta coisa
Dessa vez não desfez nada, por que tem um laço invisível, segurado nas duas pontas tentando seguir na mesma direção
Mas sempre quando ouço que saiu da minha boca, algo que não seja aproximado a beleza das flores para ti, meu peito doi e receio não merecer a beleza que é seus olhos quando repousam em mim
Hoje é dia de poetas e não sei esceever palavras alcancem oque é preciso ser dito
Hoje celebra se, a beleza que pode ser eterna, na escrita, mas também se lembra da dor que a força e a guerra podem causar
Como agora, aqui dentro um rio tentando virar correnteza e lá fora sem curso com gente sem saber o rumo para salvar mais um
Só escrevo, e por não ser poeta, não sinto tanto não encontrar forma melhor de dizer como é bonito oque sinto
Mesmo com toda a beleza que sinto, insisto em lembrar de dor
Como disse não sou poeta 

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Travessia



Dizem algumas irmãs minhas ser banzo, essa dor de existir em um lugar e nada seu estar nele.
Uma dor que vem de um lugar tão escondido e doi como uma ferida eXposta, inflamada, parece que nada aqui é meu, só o corpo que é minha casa e a dor, essa ferida aberta que não se vê. E é motivo de riso pra tantos, muitos iguais a mim, se riem dela, e se afogam na euforia, sentindo a dor, pensando ser alegria e se perdem pelas ruas que não reconhcem as chamando de lar, o banzo mata mais que o chicote e tronco.
O banzo nos mata sem que o corpo descanse e a alma fica presa nele, nesse corpo morto, sem poder ir de volta ao seu verdadeiro lar do outro lado da calunga grande, o mar. Do outro lado dele é a casa da minha alma

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Despedida

Já perdi as contas à tempos das inúmeras cartas de despedida, que escrevi pra mim mesma, de dor por me ver só e sem sentido e esperança, ou apenas aquelas "fúteis"marcando o fim de mais um grande amor não concretizado; Parece hoje bobagem, mas ao escreve las, muitas vezes com a voz embargada e aquele aperto, a dor física que só a tristeza e desilusão sabe provocar, me parecia o fim pra mim, fim de algo que em algum momento acreditei, que seria até o fim.
Hoje apenas escrevo, pois assim compreendo, que com o tempo o frio na barriga o ciume e a dor de não ser, se vão e fica apenas o esquecimento, por vezes uma leve lembrança daquela história, mais uma que não foi ao fim, caminho e a busca por algo incompreensível ao meu pensamento prático, mas tão próximo de minha vontade continua, intacta.
Desistir de mim é apenas da boca pra fora, então a busca de reconhecer em um outro, em seus olhos o que vejo tão facilmente no espelho, mesmo com os olhos fechados é essencial sobre quem sou, portanto não é possível a desistência, mesmo diante do abismo e da desesperança do por vir, amar é  parte primordial da minha existência.   

quarta-feira, 25 de julho de 2018

Lagrima de Laura









Preciso parir uma lágrima, de Laura a avó mulher forte que nunca vi chorar, penso que chorar é como desrespeitar cada cicatriz, é como se as feridas abertas temperadas com sal, que tiveram minhas ancestrais, que aguentaram a dor do estupro, de ver seus filhos e companheiros vendidos ou mortos sem derramar uma lágrima, chorar é desrespeita isso no meu inconsciente, agora consciente.
Engolir o choro se tornou a forma de não sentir, de sobreviver a isso, se não engolissem o choro, não teriam sobrevivido e eu não estaria aqui, contando essa história agora, não existe essa mulher forte em mim eu simplesmente reproduzo a força que vi e vejo nelas, não sentir foi resistência e ainda preciso resistir por que a chibata ainda me ataca e por vezes ainda preciso não sentir.

Não quero mais ter que ser forte. Só quero chorar, sem ter medo que esse choro custe a vida de muitos além da minha própria. quanta responsabilidade carrega a lágrima de uma mulher negra, minha lágrima pode se tornar  um rio, de todos os choros que as que vieram antes de mim engoliram e engoliram até parecer que não sentiam mais nada, mas a dor, essa sempre esteve aqui, preciso reaprender a senti la pra louvar a memória delas. Aprender a sentir de novo, uma estória de sentimentos interrompida. Está no meu (odu) caminho aprender a amar, e me deixar cuidar e ser amada e quem sabe ai conseguir chorar outra vez.