segunda-feira, 26 de abril de 2010

Lembranças

Minha mãe e minha tia fizeram uma limpeza e juntaram em uma caixa, coisas minhas pra jogar fora, sem ler nem olhar direito o que tinha lá. Dizem que é bom, que a vida não vai pra frente, guardar coisa velha não presta.
Na lista do que ia pro lixo estavam um livro do Ferreira Gullar, As mil e uma noites, um do Pablo Neruda entre outros livros sobre marxismo ou até da época da faculdade que detalhe nem terminei, e todas as minhas agendas coisas que eu não quero esquecer, claro que muita coisa se perdeu, e o quê eu tenho guardado em minha cabeça não vai se perder nunca, mas existem ali palavras que me escreveram e outras que eu escrevi que a minha memória jamais iria recuperar até fotos tinham, coisa que é muito difícil eu guardar. São minhas memórias e as quero ao alcance da minha mão e dos meus olhos toda vez que eu precisar saber como eu cheguei até aqui. Tem que ter um espaçinho no armário pra elas.


Exemplo:

Uma nota só.
Ultimo capitulo de novela.
Uma lagrima pra selar nossa despedida
Um trago no cigarro. Só o cheiro da erva ficou, e as velhas músicas da época de nossos pais, anos rebeldes que nunca foram.
E a vida? É curta, às vezes novela.

Escrito em 01/11/05, no qual eu assinei Preta.

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